Segundo o ranking elaborado pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) que tomou como base 137 países, o spread bancário do Brasil (diferença entre o que o banco paga para captar dinheiro de investidores e o que cobra de juros dos tomadores de empréstimos) só é menor do que o do Zimbábue.
Em outra pesquisa, realizada em julho do ano passado, o Brasil aparece em posição semelhante, com spread de 31,1% ficando somente abaixo de Madagascar (38,5%).
Não é de agora que os bancários vêm chamando a atenção da sociedade para o alto spread dos bancos, taxa que trava o desenvolvimento econômico do país. Os cinco maiores bancos lucraram mais de R$ 50,7 bilhões em 2011. Na medida em que o sistema financeiro concentra renda, encarece o crédito e não estimula a produção e o consumo, impedindo assim, que o Brasil cresça com mais inclusão social.
Taxas
Enquanto o lucro cresceu de 30,9% em 2007 para 32,7% em 2010, a inadimplência passou de 28,4% para 28,7% nos mesmos períodos. Nos juros para os bancários, não existe risco de inadimplência, mas mesmo assim, os bancos cobram taxas absurdas.
Um exemplo claro é o Santander que possui taxas de cheque especial de 5,90% ao mês e de cartão de crédito de 8,45% ao mês para os funcionários. Para os sindicalistas, a estratégia de utilizar o Banco do Brasil e a Caixa para forçar a redução dos juros está correta.
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