Reestruturação afetará a vida de milhares de bancários, que sofrerão inúmeros prejuízos.
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Nesse domingo (20/11), o Banco do Brasil anunciou processo de reestruturação, que vai afetar milhares de empregados. Segundo a nota publicada, serão fechadas 402 agências e outras 379 serão transformadas em Posto de Atendimento Bancário (PAB).
No Maranhão, a agência do Anjo da Guarda e do Materno Infantil, em São Luís, já fecharam as portas, apesar da forte campanha contra o fechamento promovida pelo SEEB-MA, em conjunto com moradores, movimentos sociais e outras entidades.
Com a reestruturação, deverão ser fechadas, ainda, as agências da Praça Deodoro, na Capital, da Praça da Cultura, em Imperatriz, e do Parque das Nações, em Açailândia. Além disso, serão transformadas em PABs, as agências das cidades de Amarante, Itinga, Lima Campos, Matões e Olho d'Água das Cunhãs, bem como as unidades Anil e Alemanha, em São Luís.
Economia à custa dos empregados e da população
O Banco estima uma economia de R$ 750 milhões, sendo R$ 450 milhões decorrentes da nova estrutura organizacional e R$ 300 milhões da redução de gastos com transporte de valores, segurança, locação, condomínios, manutenção de imóveis, entre outras.
Junto com essa medida, o banco anunciou um programa de antecipação de aposentadoria voltado para os 18 mil empregados que, hoje, têm condições de se aposentar. Além disso, o plano de função vai ser ampliado. Os assessores das áreas estratégicas do BB poderão aderir ao plano de seis horas, com redução salarial.
Bancários pagam pela crise e por calotes de empresas
A reestruturação demonstra o interesse do Banco de que os empregados paguem pela crise. A queda da lucratividade do BB não se deve ao aumento das despesas administrativas. Mas, sim, ao aumento da inadimplência em razão do financiamento de grandes empresas como OI, Sete Brasil e OAS.
Para se ter ideia, somente a dívida da OI com o BB chega a R$ 4,4 bilhões. A OI, que se encontra em recuperação judicial, fez uma proposta de renegociação da dívida, a qual estabelece um desconto de 70%. Se aprovada, portanto, o BB ficará com prejuízo de 3,08 bilhões, mais de 4 vezes o valor que o banco pretende economizar com o fechamento das agências.
No Conselho de Administração do BB, a representante apoiada pelo SEEB-MA, Juliana Donato, sempre foi contra o crédito para as grandes empresas que, hoje, são o centro do aumento da inadimplência. A representante dos bancários também se posicionou contra as mudanças na estrutura do banco, que levam à diminuição das comissões e do número de empregados.
Mais uma vez, a reestruturação do Banco afetará a vida de milhares de bancários, que terão que se aposentar, perderão comissões ou terão que mudar de cidade para manter suas comissões.
Cassi - Vote não ao rateio do déficit!
A Cassi também terá sua situação financeira afetada. Com a expansão do plano de função com redução salarial e a saída de empregados mais antigos com o Plano de Antecipação de Aposentadoria, a receita vai cair. Por isso, é crucial que os bancários sigam a orientação do SEEB-MA e VOTEM NÃO NA PROPOSTA DE RATEIO DO DÉFICIT DA CASSI!
Calendário de lutas
O SEEB-MA, assim como a representante do Caref/BB, Juliana Donato, exigem que a Contraf/CUT indique aos Sindicatos uma rodada nacional de assembleias para aprovar um calendário de lutas contra a reestruturação. A oposição bancária vai realizar reuniões para alavancar a resistência contra a reestruturação.
Lutamos por um banco público que forneça crédito para os trabalhadores e para os pequenos produtores, um banco que respeite seus funcionários. Um Banco do Brasil que esteja a serviço da maioria da população.
Neste sentido, é muito importante que os bancários participem do Dia Nacional de Paralisações, Mobilizações e Greves convocado pelas centrais sindicais para o dia 25 de novembro. A data é parte do calendário de lutas contra as reformas da Previdência e trabalhista, contra a PEC do teto de gastos e a reforma do Ensino Médio (PEC 746), medidas que impõem a conta da crise aos trabalhadores em geral. O plano de reestruturação do Banco do Brasil se insere neste contexto geral de retirada de direitos e política de corte de gastos, que jogam nas costas dos trabalhadores a conta da crise. É preciso unidade e resistência para barrar estes planos.
Agências que serão fechadas
• São Luís – Anjo da Guarda
• São Luís – Deodoro
• São Luís – Hospital Materno Infantil
• Imperatriz – Praça da Cultura
• Açailândia – Parque das Nações
Agências que virarão postos
• Amarante do Maranhão – Amarante do Maranhão
• Itinga do Maranhão – Itinga do Maranhão
• Matões – Matões
• Olho d’Água das Cunhãs – Olho d’Água das Cunhãs
• Parnarama – Parnarama
• São Luís – Alemanha
• São Luís – Anil
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