EM FOCO / CAMPANHA SALARIAL

Bradesco usa Polícia Militar para tentar reprimir greve forte em Caxias

Apesar das práticas antissindicais, bancários pretendem reforçar os piquetes e paralisações na próxima semana, em todo o Estado.

30/09/2016 às 13:16
Ascom/SEEB-MA

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Na manhã desta sexta-feira (30/09), 25º dia da paralisação nacional, o Bradesco usou a Polícia Militar como instrumento para reprimir os bancários, que exerciam, legitimamente, o direito constitucional de greve, em frente à agência da instituição financeira, no Centro de Caxias.

Em uma ação truculenta, os policiais chegaram à unidade - fechada desde segunda-feira – como capatazes. Além de expulsarem os dirigentes sindicais da porta da agência, os PMs chegaram ao cúmulo de pegar bancários “pelo braço”, obrigando-os a entrarem na agência para trabalhar.

Para o diretor regional do SEEB-MA, Dilson Aquino, o objetivo do Bradesco é pressionar os trabalhadores a furarem a greve, afim de que voltem às agências para fazer cobranças, atender a clientela mais abastada e recusar o atendimento à população carente. Tudo em nome do lucro.

Por sua vez, o diretor Cordeirinho ressaltou que o Bradesco - ao invés de se utilizar de práticas antissindicais para coagir os bancários, violando a Lei de Greve - deveria, por meio da Fenaban, voltar à mesa de negociação e apresentar uma proposta digna à categoria.

Em relação à atuação da Polícia Militar no episódio, o SEEB-MA só tem a lamentar, pois enquanto a PM se preocupa em reprimir um movimento pacífico de trabalhadores em luta por conquistas, esquece-se de combater a criminalidade, que aterroriza, hoje, São Luís e o Estado.

O SEEB-MA informa que já registou boletim de ocorrência sobre o caso, bem como acionou a sua assessoria jurídica para que sejam tomadas as medidas cabíveis. Em tempo, alerta que a greve continua na próxima semana, com o fortalecimento dos piquetes em todo o Maranhão. 

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