Enquanto os banqueiros ampliaram seus ganhos em mais de 1.000%, os bancários do sistema financeiro privado amargam uma perda salarial de 12,58%.
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O Plano Real completou 22 anos em 2016. Nesse período, os bancos se consolidaram como o setor mais rentável do país. Por outro lado, os bancários viram a categoria ser reduzida e seus salários achatados. Enquanto os banqueiros ampliaram seus ganhos em mais de 1.000%, os bancários do sistema financeiro privado amargam uma perda salarial de 12,58%.
Pior é a situação dos empregados dos bancos públicos. Durante os oito anos de Governo FHC, o aumento foi de praticamente zero e nos 13 anos de governos do PT (Lula e Dilma) o reajuste mal cobria a inflação. Para quem está começando na carreira bancária, a situação é ainda pior.
Já faz tempo que o piso da categoria é menor que três salários mínimos de fome. Nossa situação poderia estar melhor se a Contraf e a CUT não tivessem pulado para o lado dos governos, abrindo mão de exigir a reposição das perdas, como defendia durante os governos do PSDB. Por isso, não é um absurdo pedir a reposição das perdas salariais desde o Plano Real.
A lucratividade do setor garante o atendimento desta reivindicação. Sabemos que os bancos não abrem mão de cobrar integralmente as dívidas de seus devedores. Além disso, outras categorias (INSS, Bacen, Judiciário Federal) conseguiram negociar a reposição das perdas, ainda que de forma parcelada com seus patrões.
Mesmo com o PMDB assumindo o governo, a Contraf e a CUT continuam pedindo um índice rebaixado (infl ação + 5%), pois pretendem manter a relação de confiança e amizade com os banqueiros, na expectativa de retornarem fortes ao governo em 2018.
Se não houver resistência, vamos continuar sendo massacrados. Está chegando a hora de mostrar que estamos preocupados com nossos direitos. Vamos acompanhar juntos as negociações e fazer o que for necessário para impedir cortes de direitos e outros ataques.
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