DESTAQUE / CONGRESSO ESTADUAL

Bancários aprovam resoluções em defesa do emprego, do salário e contra a terceirização

Plenária Final do VIII Congresso Estadual ocorreu no sábado (25/06), na sede recreativa do SEEB-MA, no Turu.

28/06/2016 às 09:31
Ascom/SEEB-MA

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Os bancários maranhenses aprovaram uma série de resoluções em defesa do emprego, da valorização salarial e contra a terceirização, durante a Plenária Final do VIII Congresso Estadual da categoria, realizado no sábado (25/06), na sede recreativa do SEEB-MA, no Turu.

Reunidos em grupos, os bancários definiram estratégias concretas para enfrentar desafios como as demissões em massa, as fusões, as incorporações, a ameaça de terceirização e o arrocho salarial imposto desde a “Era FHC” e perpetrado pelos governos do PT e suas aliadas, Contraf e CUT.

Dentre as resoluções aprovadas, destacam-se as campanhas pelo arquivamento do PLC 30/2015 (da Terceirização), contra o processo de reestruturação na Caixa e no BB, contra o fechamento de agências nos municípios e em favor da Convenção 158 da OIT, que proíbe as demissões imotivadas.

Além disso, os bancários pretendem, ainda, ajuizar ação contra a Febraban contra as demissões em massa no setor, lutar pela manutenção dos guichês de caixa nas agências, criar um fórum permanente para debater os problemas dos locais de trabalho, dentre outras iniciativas.

Sobre remuneração, a categoria defende a isonomia de direitos, distribuição linear da PLR, criação do adicional de interiorização e, sobretudo, piso salarial de R$ 6.463,44, equiparado aos técnicos de nível médio do Banco Central, que exercem, praticamente, as mesmas funções de um bancário.

Esse valor parte da necessidade imediata de recuperar o poder de compra dos bancários, esmagado pelos banqueiros e pelos governos FHC, Lula e Dilma, com o apoio da CUT e de centrais aliadas, que se valem de ardis como a mesa única e as pautas rebaixadas para trair os trabalhadores.

Vale ressaltar que enquanto despencam os salários e o poder de compra dos bancários, a escalada dos lucros dos bancos se faz constante e crescente, de modo a torná-los, sem dúvida, confortavelmente capazes de absorver o custo do piso salarial proposto.

Resoluções sobre emprego

• Contra o PLC 30/2015;
• Contra o processo de reestruturação na Caixa e no BB;
• Contra as demissões! Pressão para assinatura da Convenção 158 da OIT que proíbe as demissões imotivadas;
• Contra o fechamento de agências nos municípios do estado exigindo a obrigatoriedade de funcionamento de pelo menos uma agência bancária em cada cidade com número de funcionários adequado ao tamanho da população;
• Elaborar PL para manutenção dos guichês de caixa nas agências bancárias;
• Trabalho de base e organização dos trabalhadores terceirizados nos bancos incorporando suas reivindicações a pauta da campanha salarial e conscientizando sobre seus direitos;
• Sindicalização dos trabalhadores das casas lotéricas;
• Criação de um fórum permanente sobre emprego com participação de bancários de todas as regionais para realizar um quadro dos problemas relacionados às práticas de atendimento discriminatório, extrapolação de jornada, desvios de função e descumprimento da lei das filas;
• Campanha de conscientização da importância da luta voltada para os novos bancários;
• Realização de audiências públicas nas casas legislativas sobre emprego bancário e terceirização;
• Ação civil pública contra as demissões imotivadas dos funcionários Bradesco advindo do Banco do Estado do Maranhão;
• Ação judicial contra a FEBRABAN contra as demissões em massa no setor;
• Denúncia da redução do número de vagas nas agências do BB.

• Piso salarial da categoria bancária equiparado ao salário inicial dos técnicos do Banco Central: R$ 6463,64;
• Fim da mesa única de negociação;
• Isonomia de direitos;
• Distribuição linear da PLR;
• Criação do adicional de interiorização;
• Mudanças nos processos de promoção com o retorno dos anuênios para todos.